Por Márcio Rodrigues

Qual seu tipo? Alguém especial? Quem você quer para você? 

É alguém que mora perto ou alguém que gosta de você? Alguém com corpo bonito ou alguém que não se importa com o seu? É alguém que não é das palavras bonitas ou alguém que nem liga se você nem sempre consegue dar carinho? Quem você quer para você?

É necessário avaliar tudo que envolve ter alguém para entender como lidamos com isso. Quando a gente se pergunta quem a gente quer fica mais fácil identificar nossos excessos, a começar pela nossa exigência. É preciso se enxergar, você não é tudo o que imaginar ser; os likes na sua foto não representam elogios reais.

Feito isso, após descer do pódio e se reconhecer como uma pessoa normal, chega a hora de entender qual a fase da sua vida. Você quer alguém só porque as pessoas ao seu redor já tem? Ou quer alguém só por ter mesmo, para não se sentir sem ninguém? Será que você é alguém pronto para ter outro alguém? Aliás, esse é o tipo de coisa que não se descobre sem tentar, mas dá pra gente ter uma ideia. 

Entenda qual sua fase para saber se há espaço para outra pessoa chegar. Uma das piores coisas do mundo é facilitar alguém se aproximar mas não ajudar esse alguém a ficar. Faz sentido? Será que já não fechou a porta para outras pessoas que tentaram entrar?

Quem você quer para você? Alguém para sair bonito numa foto do instagram? Alguém para os seus amigos te dizerem como é bonito? Alguém com uma condição de vida tão elevada que não tem condição de te fazer bem? Quem você quer? Você já se perguntou?

É óbvio que sua resposta sempre será: “não importa quem seja, desde que goste de mim” e você sabe o tamanho dessa mentira; é preciso revisitar suas vontades. Todas as pessoas do mundo querem outras pessoas assim, mas a maioria das pessoas do mundo não prestam atenção quando alguém assim aparece. Não seja alguém que você não quer.

Por isso deixo a provocação: avalie seu momento de vida, seus valores e chegue a conclusão necessária para que você possa responder quem você quer para você, pois este alguém, que você ainda nem conhece, não merece ser só mais um alguém, tampouco você merece ter só mais um alguém.